Um chamado à União dos Povos
Em todos os tempos, povos e tradições buscaram a presença do Sagrado.
E, em cada época, Deus se apresentou com uma linguagem própria — sempre preservando a essência do Amor, da Justiça e da Luz, que são as marcas eternas do Cristo.
O Cristo Universal não se limita às fronteiras humanas.
Ele não é propriedade de instituições, nem se restringe a ritos, nomes ou culturas.
Ele é o Regente da criação, a Inteligência que harmoniza mundos, a Luz que atravessa todas as formas sinceras de espiritualidade.
Onde existe amor verdadeiro, Ele está.
Onde existe caridade, Ele respira.
Onde existe humildade, Ele age.
Onde existe cuidado com o sofredor, Ele atua.
Em qualquer tradição, em qualquer idioma, em qualquer altar.
Por isso, reconhecer o Cristo Universal é aprender a perceber a centelha divina nas múltiplas expressões de fé que compõem a experiência humana.
É compreender que Deus fala todas as línguas.
É aceitar que a luz se derrama onde encontra espaço — seja numa catedral, num centro espírita, num terreiro humilde, num templo ancestral ou numa casa silenciosa.
O chamado do nosso tempo é claro:
superar preconceitos, aproximar corações, honrar as diferentes vias do Sagrado, e aprender a discernir a presença do Cristo para além das aparências.
Não se trata de misturar doutrinas, nem de apagar identidades.
Trata-se de reconhecer a ação divina onde ela se manifesta, e de cultivar a fraternidade entre povos e caminhos que, apesar de distintos em sua forma, convergem no mesmo horizonte de Amor e Luz.
O orgulho separa.
A ignorância condena.
A pressa julga.
Mas a humildade revela.
E o discernimento mostra que a verdadeira pergunta não é:
“Em qual religião Deus habita?”
A verdadeira pergunta é:
“Aonde Deus está amando, curando, iluminando e libertando?”
A resposta é simples:
Deus está onde há sinceridade de coração.
Cristo está onde existe amor essencial.
O Espírito se move onde encontra compaixão, justiça, misericórdia e paz.
Por isso, este é um chamado à união — não pela uniformidade, mas pela comunhão.
Pela capacidade de ver o Cristo Universal refletido em múltiplos prismas.
Pela coragem de reconhecer o Sagrado no outro.
Pela maturidade de perceber que a humanidade só encontrará equilíbrio quando aprender a honrar, em cada tradição, aquilo que ela carrega de mais luminoso.
Que possamos, então, cultivar um mundo em que os povos se respeitem,
em que as espiritualidades dialoguem,
e em que o Cristo — Uno e Universal —
possa finalmente ser reconhecido como a Luz que atravessa tudo e a todos.
Ele pediu que amássemo-nos uns aos outros. Ele pediu que superássemos as diferenças para formar unidade em seu corpo místico transfigurado e caminhássemos na Sua direção.
Façamos o que ele nos pediu, queridos(as)! O Espírito pede acolhimento para restaurar a paz, para nos contemplar com a sua Era do Amor.


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